Total de visualizações de página

quinta-feira, 26 de abril de 2012

DESEJO O SUFICIENTE


Há pouco tempo, estava no aeroporto e vi mãe e filha se despedindo. Anunciaram a partida, elas se abraçaram e a mãe disse:
    - Eu te amo. Desejo o suficiente para você.
A filha respondeu: - Mãe, nossa vida juntas tem sido mais do que suficiente. O seu amor é tudo de que sempre precisei. Eu também desejo o suficiente para você.
    Elas se beijaram e a filha partiu.
    A mãe passou por mim e se encostou na parede.
    Pude ver que ela queria, e precisava, chorar. Tentei não me intrometer nesse momento, mas ela se dirigiu a mim, perguntando:
    - Você já se despediu de alguém sabendo que seria para sempre?
    - Já - respondi.- Me desculpe pela pergunta, mas por que foi um adeus para sempre?
    - Estou velha e ela vive tão longe daqui. Tenho desafios à minha frente e a verdade é que a próxima viagem dela para cá será para o meu funeral.
    - Quando estavam se despedindo, ouvi a senhora dizer "Desejo o suficiente para você". Posso saber o que isso significa?
    Ela começou a sorrir. - É um desejo que tem sido passado de geração para geração em minha família.  Meus pais costumavam dizer isso para todo mundo.
    Ela parou por um instante e olhou para o alto como se estivesse tentando se lembrar em detalhes e sorriu mais ainda. - Quando dissemos "Desejo o suficiente para você", estávamos desejando uma vida cheia de coisas boas o
suficiente para que a pessoa se ampare nelas. Então, virando-se para mim, disse, como se estivesse recitando:
- Desejo a você sol o suficiente para que continue a ter essa atitude radiante.
- Desejo a você chuva o suficiente para que possa apreciar mais o sol.
- Desejo a você felicidade o suficiente para que mantenha o seu espírito alegre.
- Desejo a você dor o suficiente para que as menores alegrias na vida pareçam muito maiores.
- Desejo a você que ganhe o suficiente para satisfazer os seus desejos materiais.
- Desejo a você perdas o suficiente para apreciar tudo que
possui.
- Desejo a você "alôs" em número suficiente para que chegue ao adeus final.

Ela começou então a soluçar e se afastou.

"'A vida é muito mais do que bens materiais...
quem não tem Amor, não tem nada...
e quem não tem nada... além de vazio, se torna passageiro para os outros "

JESUS ERA PERIPATÉTICO

 (Max Geringher)
 
 Numa das empresas em que trabalhei, eu fazia parte de um grupo
 de treinadores voluntários.
 Éramos coordenados pelo chefe de treinamento, o professor Lima,
 e tínhamos até um lema:
 
"Para poder ensinar, antes é preciso aprender" (copiado, se bem
 me recordo, de uma literatura do Senai). Um dia, nos reunimos para
 discutir a melhor forma de ministrar um curso para cerca de 200
 funcionários. Estava claro que o método convencional: botar todo mundo
 numa sala, não iria funcionar, já que o professor insistia na
 necessidade da interação, impraticável com um público daquele tamanho.
 Como sempre acontece nessas reuniões, a imaginação voou longe do
 objetivo, até que, lá pelas tantas, uma colega propôs usarmos um
 trecho do Sermão da Montanha como tema do evento.
 E o professor, que até ali estava meio quieto, respondeu de
 primeira. Aliás, pensou alto:
 
- Jesus era peripatético...
 
Seguiu-se uma constrangida troca de olhares, mas, antes que o
 hiato pudesse ser quebrado por alguém com coragem para retrucar a
 afronta, dona Dirce, a secretária, interrompeu a reunião para dizer
 que o gerente de RH precisava falar urgentemente com o professor. E lá
 se foi ele, deixando a sala à vontade para conspirar.
 
- Não sei vocês, mas eu achei esse comentário de extremo mau
 gosto, disse a Laura.
 - Eu nem diria de mau gosto, Laura. Eu diria ofensivo mesmo,
 emendou o Jorge, para acrescentar que estava chocado, no que foi
 amparado por um silêncio geral.
 - Talvez o professor não queira misturar religião com
 treinamento, ponderou o Sales, que era o mais ponderado de todos.
 - Mas eu até vejo uma razão para isso...
 
-Que é isso, Sales? Que razão?
 
-Bom, para mim, é óbvio que ele é ateu.
 -Não diga!
 -Digo. Quer dizer, é um direito dele. Mas daí a desrespeitar a
 religiosidade alheia...
 
Cheios de fúria, malhamos o professor durante uns dez minutos e,
 quando já estávamos sentenciando à fogueira eterna, ele retornou. Mas
 nem percebeu a hostilidade. Já entrou falando:
 
-Então, como ia dizendo, podíamos montar várias salas separadas
 e colocar umas 20 pessoas em cada uma. É verdade que cada treinador
 teria de repetir a mesma apresentação várias vezes, mas... Por que
 vocês estão me olhando desse jeito?
 
-Bom, falando em nome do grupo, professor, essa coisa aí de
 peripatético, veja bem...
 
-Certo! Foi daí que me veio a idéia. Jesus se locomovia para
 fazer pregações, como os filósofos gregos também faziam, ao orientar
 seus discípulos.
 
Mas Jesus foi o Mestre dos Mestres, portanto a sugestão de usar
 o Sermão da Montanha foi muito feliz. Teríamos uma bela mensagem moral
 e o deslocamento físico... Mas que cara é essa?
 
- Peripatético quer dizer "o que ensina caminhando".
 
E nós ali, encolhidos de vergonha. Bastaria um de nós ter tido a
 humildade de confessar que desconhecia a palavra que o resto
 concordaria e tudo se resolveria com uma simples ida ao dicionário.
 Isto é, para poder ensinar, antes era preciso aprender. Finalmente,
aprendemos.

 Duas coisas.
 
A primeira é: o fato de todos estarem de acordo não transforma o
 falso em verdadeiro.
 E a segunda é: que a sabedoria tende a provocar discórdias.
 
Mas a ignorância é quase sempre unânime.

A MENINA DAS CABRAS E O PADRE

Manhã tranqüila numa cidadezinha das Minas Gerais ...
O padre, em frente à igreja, vê passar uma garotinha de uns nove, ou dez
anos, pés descalços, franzina, meio subnutrida,
ar angelical, conduzindo umas seis Cabras.
É com esforço que a garotinha consegue reunir as
cabras e fazê-las caminhar.

O padre, observando a cena, começa a imaginar se aquilo não seria um caso
de trabalho infantil.

Compadecido, resolve abordar a pobre menina :

- Olá, minha jovem. Como é o seu nome?
- Rosineide, seu Padre.

- O que é que você está fazendo com essas cabras, Rosineide?
- É pro Bode cobrir elas, seu Padre.
Tou levando elas lá prá Fazenda do seu Luiz Carlos.
- Me diga uma coisa, Rosineide,
seu pai ou seus irmãos não poderiam fazer isso?
- Já fizeram... Mas num dá cria...
Tem que ser um Bode mesmo!

Ô zé...

Um médico no interior de Minas, queria tirar um dia de folga mais não podia fechar o consultório.
Chamou o Zé (responsável pela única farmacia da cidadezinha) e falou para ele:
- Estou muito cansado e preciso descansar um dia. Como aqui não acontece nada grave você fica no meu lugar .
O Zé aceitou. O médico vestiu o jaleco no Zé e foi pescar.
De tardezinha quando retornou perguntou ao Zé:
- E aí Zé como foi o dia
O Zé respondeu:
- Correu as mil maravia. Atendi treis duente.
O médico preocupado perguntou:
Quais foram os casos?
O Zé disse:
- O primero era um homi que tava com dô de estambo.
O médico perguntou:
O que você deu para ele?
O Zé respondeu:
- Dei omeprasó..
O médico disse:
- Tá certo OMEPRAZOL. E o segundo:
O Zé disse:
- O segundo foi um outro homi que tava com dô de cabeça.
O médico perguntou:
- O que você deu para ele:
- Dei Tilenó
O médico disse:
- Correto TYLENOL. E o terceiro?
- A terceira foi uma muié que entrô, trancô a porta, tirô a ropa, ficô peladinha, deitô na cama e disse:
-O sinhô pricisa resolvê o meu pobrema, fais 5 anos que eu não vejo um homi.
O medico preocupado disse:
- Meu Deus do ceu, o que você fez com ela?
- O Zé disse:
- CARQUEI COLIRIO NO ZÓIO DELA UAI

Troca de presentes


O cara, vendo o vizinho do prédio ao lado na varanda, puxou conversa:
– Ô vizinho! Quando é seu aniversário?
– Em maio. Por quê?
– É que eu vou te dar uma cortina de presente pra você colocar no quarto. Não aguento mais ver você e sua esposa transando em plena luz do dia!
Aí o outro perguntou:
– E o seu, quando é?
– Em setembro, por quê?
– Vou te dar um binóculo, pra você ver direito de quem é a esposa!...

O PAPA E O GAÚCHOS

Em visita ao litoral do Rio Grande do Sul, o Papa foi levado à praia do Albatroz onde presenciou uma cena impressionante.

Algumas pessoas gritavam, desesperadas, apontando para o mar.

Forçando a vista, Sua Santidade pode ver um jovem, vestido com a camisa da seleção Argentina, lutando desesperadamente contra o ataque de um tubarão!

O pânico era geral, mas três homens se aproximaram da água.

Um arremessou um arpão que acertou no corpo do tubarão; o segundo arrancou o jovem ensanguentado de sua enorme boca, enquanto o terceiro abatia a feroz criatura com vigorosas cacetadas.

Depois de levar o Argentino inconsciente até a areia, os três sujeitos arrastaram o tubarão até as proximidades de uma camionete e colocaram na caçamba.

Ainda cansados, os gaúchos foram levados até as proximidades do Papa-móvel.

O Papa, visivelmente emocionado, lhes dirigiu uma benção especial.
- Caríssimos irmãos do Rio Grande: a cena que hoje presenciei me ensinou muito acerca da grandeza dos homens, filhos de Deus. Sem considerar a rivalidade que existe entre os brasileiros e argentinos, um gesto nobre, superior e heróico, levou estes abnegados rio-grandenses a salvar um irmão das garras da morte, mesmo sendo este um Argentino. É um grande exemplo para a busca da paz entre os homens, sempre em conflito!
O Papa se despediu, emocionado, e, enquanto o Papa-móvel se afastava, um dos gaúchos perguntou aos outros:
- Escuta, tchê, quem é este velhote?
- Bah, guri! Deixa de ser ignorante, tchê, este é o Papa, o santo padre, o cara que fala direto com o Homem lá de cima! Ele tem a sabedoria divina.
- Sabedoria divina ele pode ter, tchê, mas não entende nada de pesca de tubarão.
- Cadê a isca?
- Fugiu de novo? Da próxima vez vamos amarrar o argentino com arame farpado, é mais seguro.

A gorila e o português no zoológico . . .


Um dia, no Jardim Zoológico, observaram que a gorila fêmea entrou numa de ficar triste pelos cantos e não queria mais se alimentar, estava ficando fraca, doente até que chamaram um veterinário.

- O problema dela é depressão.  Ela precisa ter relações sexuais -  disse o doutor.

- Mas Dr., nós não temos um gorila macho, e trazer um de outro Zoológico para cá, na situação que estamos é impossível! Nisso, um funcionário que acompanhava a conversa disse:

- Eu acho que tenho a solução! Tenho um vizinho português, muito peludo, quem sabe a gente convence ele a transar com a gorila. Assim, entraram em contato com o gajo que, de início recusou:

- De jeito nenhum! Isso é pecado! A Maria me abandona se souber!

- Mas, Seu Manoel... é por R$500,00!

- Vou pensar.

Dois dias depois o português foi ao Zoológico.

- Está baim.  Eu concordo, mas com três condições:

- A primeira é que não pode haver beijo.

- Sem dúvida, a gorila não beija, pode ficar sossegado.

- A segunda é que não pode haver foto! Se a Maria descobre...

- Tudo bem! Sem fotos! E qual a terceira?

- Os R$500,00!

- O que é que tem?

Eu posso pagar em duas vezes?